Terminada a acorrida desenfreada pela Escola de Sargentos das Armas (ESA) - que os militares de altas patentes, depois de minuciosos estudos, resolveram destinar para o Estado de Pernambuco, muitas análises, feitas por quem e idem, por quem não teria tanta condição técnica/científica, voltei ao glorioso bairro habitado por gente boa e ordeira. Pois, na época da disputa pela ESA, às vésperas da visita das autoridades militares, de afogadilho e na corrida mesmo, foi feita uma "revitalização" no querido e simpático bairro. Saibam todos, eu não moro lá! Cabe esclarecer, não estou criticando, pois toda a arrumação e enfeite de uma cidade, de um bairro de uma pracinha ou outras são e serão sempre bem-vindos. Mas, por ser bom, deveriam de tempos em tempos passar por esse "susto" de embelezamento. Conclusão: a ESA foi para longe e o bairro - hoje - volta ao esquecimento. Ou seja, cuidemos do que nos sobrou e do que é nosso.
Volto, muito contra gosto, ao "discutido", desde 2019, Calçadão.
No artigo passado, falei, aliás o assunto já se tornou recorrente, sobre o nosso - hoje feio e triste - calçadão. Pois não é que uma parte significativa e reconhecida de nossa cidade, resolveu tomar às rédeas do assunto. Entendo que, em boa e oportuna hora, pois aquele local - ontem aprazível - e hoje desfigurado arquitetonicamente, mais merece não ser visto. É o que sinto e o que ouço de boa parcela dos ontem frequentadores e, hoje, não mais.
Sinceramente, um descaso e uma tristeza. Verdade que não sei o que pensam os administradores principais da cidade, mas acredito, até por não entender que alguém aprove o "monstrengo". A manifestação, mais do que parece, quer uma solução urgente. Aquela visão e situação não pode persistir a não ser que queiramos espantar o povo do centro por desuso e/ou vergonha.
Todos, mas todos mesmo, sabemos que administrar uma cidade do porte de Santa Maria (+ ou - 300 mil habitantes) pode trazer algumas dificuldades, mas não demasiadas e estranhas ao ponto de não encontrarmos soluções. A inteligência de nossos profissionais não pode e não deve ser colocada em dúvida. Imagino que está, sim, faltando um "empurrãozinho". Será?
Em absoluto, não me coloco ao lado dos pessimistas, mas esse caso em particular, o sofrido Calçadão, precisa um carinho mais apurado, o que, sem dúvida, nos levará a passearmos e a bater papo por lá. É o que pleiteio e espero. Aliás, aproveito para reivindicar uma melhora geral em toda nossa área central.
Apaguemos em qualquer noite, não necessitando ser das mais escuras, as luzes das vitrinas das lojas da Rua do Acampamento e fiquemos somente com iluminação pública. Imediatamente, estaremos em uma das ruas mais escuras da nossa querida Cidade Cultura. Sou, sim, "chato" quando se trata da cidade onde nasci, estudei, trabalhei e vivo e moro hoje. Isso não descuido e não dispenso.
Será que só eu penso assim ou falta espaço para que outros possam externar suas opiniões? Afinal, uma cidade é para se viver feliz e jamais - por necessidade e problemas - discutindo problemas e detalhes de não tão difíceis soluções. Concordam? Um abraço a todos!
Texto: Bira Alves
Jornalista